Município de MT terá que devolver cerca de R$ 40 milhões ao Dnit
O município de Juína (737 Km de Cuiabá) terá que devolver nada menos que R$ 40 milhões ao Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre (Dnit), é o que aponta uma reportagem da revista Isto É, que entrevistou o diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, que chegou a pleitear uma candidatura ao Governo do Estado em 2010. Segundo a revista, o contrato foi cancelado por desvios na condução dos recursos destinados à BR-174. “Pagot está pedindo o dinheiro de volta a 20 prefeitos”, diz Isto É. A reportagem destaca o fato do Dnit ser campeão em irregularidades em obras públicas, de acordo com dados do Tribunal de Contas da União (União). “De 56 obras fiscalizadas pelo TCU, 25 apresentam desvios graves, que vão do superfaturamento ao desperdício de recursos públicos. O TCU, na maioria dos casos, recomenda a paralisação das obras”, explica um trecho. O diretor geral da Dnit reconhece as irregularidades e reafirma o compromisso de acabar com a “farra” do dinheiro púbico e apagar de vez essa imagem que vem se construindo do departamento. Pagot já suspendeu várias obras, dentre elas algumas que recebe recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Das 84 obras do PAC no setor de transportes, 58 são tocadas pelo DNIT. Uma delas é a BR- 010, no Tocantins, de R$ 60 milhões. "Estamos cancelando a obra, o acórdão determina devolução do dinheiro, por superfaturamento", disse Pagot à revista. São obras como o contorno ferroviário de Cachoeira do São Félix (BA), com custo de R$ 100 milhões. Duas pontes sobre o rio Madeira (RO), orçadas em R$ 150 milhões, também serão canceladas, pois "são obras perigosíssimas, com erros de projeto. Isto É ainda aborda a “pressão” política da qual também é alvo Luiz Antônio Pagot. "Os deputados dizem que têm de atender à base eleitoral." Ele dá como exemplo a BR-163, entre o Pará e o Mato Grosso, incluída no PPA, mas que teve o investimento adiado. "Esta obra perdeu recursos por pressão das grandes bancadas do Nordeste e do Sudeste. Tenho 300 obras paralisadas, por falta de recursos", afirmo Pagot.
Nenhum comentário:
Postar um comentário