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sexta-feira, 17 de julho de 2020

MAURO MENDES INVESTIGADO POR "FARRAS" COM DINHEIRO DO CORONAVÍRUS

O governador de Mato Grosso figura na lista dentre os 15 chefes de estados que estão na mira da CGU (Controladoria Geral da União), após mais de 4 mil denúncias de desvios de superfaturamento e favorecimento de empresas contra administrações públicas no uso de recursos da Saúde para o enfrentamento da Covid-19. Muitas destas denúncias ganharam corpo, depois de uma apuração conjunta com o Ministério Publico, Tribunal de Contas da União, e por determinação judicial, transformadas em investigação pela Polícia Federal. A apuração desses casos vem por ordem judicial.  As investigações a cargo da Polícia Federal apuram o impacto da corrupção relacionada ao dinheiro enviado pelo Governo Federal e que deveria ser aplicado no cuidado com o Coronavírus. Segundo a Controladoria-Geral da União, são quase 4 mil denúncias relacionadas com a pandemia. As investigações apontam para compras sem licitação, que ultrapassam R$ 1 bilhão. Aumenta no estado a cobrança da população quanto aos 471 milhões do Governo Federal que veio para Mato Grosso. Inclusive, já tem até requerimento do deputado Elizeu Nascimento (DC) solicitando informações do governador de onde foram investidos esses valores.
A IMPIEDOSA PRIMEIRA DAMA ESTADUAL

A secretária adjunta de administração da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc-MT), Patrícia Camargo, foi exonerada pelo Governo, nesta semana. Considerada uma profissional de perfil técnico, Patrícia teria elogiado a ex-primeira-dama Terezinha Maggi em uma solenidade de entrega de cestas básicas e, com isso, desagradado a atual primeira-dama, Virgínia Mendes, que teria interferido pela demissão da funcionária. Mesmo sem cargo oficialmente, Virgínia é tida como quem dá as cartas na Setasc-MT.

GOVERNADOR E CABULOSO PROCESSO SOBRE FALSIDADE IDEOLÓGICA

O juiz Paulo Sodré, da 7ª Vara Federal de Cuiabá, deu 10 dias para o governador Mauro Mendes (DEM) e a juíza trabalhista aposentada, Carla Reita Faria Leal, apresentarem resposta à acusação de falsidade ideológica que ambos respondem junto à Justiça Federal. A decisão é do último dia 1º de julho. Segundo o sistema de acompanhamento de processo, ambos foram notificados no dia 2. Mauro e Carla são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de fraudarem um contrato de mútuo para justificar a transação bancária de um arremate de um duplex de luxo adquirido por Mauro Mendes em leilão realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso e depois repassado à magistrada. A falsificação, segundo o MPF, aconteceu no processo disciplinar que resultou na aposentadoria compulsória de Carla Reita junto ao TRT-MT. A denúncia da fraude no leilão do apartamento foi feita pelo Isso É Notícia em 2013. Em novembro passado, o site também revelou que ambos passaram a ser réus no processo penal de falsifidade ideológica. Além do âmbito criminal, o governador e a juíza aposentada também são alvos de uma Ação Civil Pública de improbidade administrativa movida pelo MPF e que está em trâmite na 3ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá desde 2014, sob os cuidados do juiz César Bearsi.
AMEAÇAS LEVAM SITE A PROCESSAR O GOVERNADOR

O Congresso em Foco entrou  com interpelação judicial contra o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), para que esclareça a afirmação de que este site publicou matéria “encomendada por um grupo político da capital de MT, conhecido de longa data e até o presente momento por estar desviando dinheiro público”. A acusação consta de nota atribuída ao governador, distribuída pelo WhatsApp e reproduzida por veículos locais daquele estado. A autoria do texto foi confirmada a este site por Laice Souza, assessora de comunicação do governador mato-grossense. Mauro Mendes tenta desqualificar a reportagem “Exclusivo: governador de MT é acusado de receber propina”, publicada no último dia 10. Assinada pelos jornalistas Lázaro Thor Borges e Pablo Rodrigo, ela seguiu os melhores procedimentos do bom jornalismo e está integralmente amparada na delação do empresário Mario de Queiroz Galvão, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato. Também foi respeitado o princípio do contraditório, garantindo a Mauro Mendes todo o espaço para se manifestar sobre o assunto. Ele negou ter recebido propina e alegou que desconhecia a delação. Conforme o empreiteiro, Mauro Mendes recebeu R$ 1 milhão em propina e pediu outros R$ 6 milhões, por meio de terceiros. Mario Galvão diz que R$ 500 mil foram doados para campanha em troca de contrato. Mauro Mendes nega Protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem cabe processar e julgar crimes cometidos por governadores, a interpelação – que também é subscrita pelos autores da reportagem – é assinada pelos advogados Joelson Dias e Thyago Mendes. Segundo eles, “as falas do interpelado podem configurar evidente crime de difamação”. Daí o pedido que fazem para que o governador confirme na Justiça sua acusação e que informe e comprove “quem encomendou a matéria jornalística”. A interpelação é o primeiro passo para que Mauro Mendes seja processado por difamação.