Contador de visitas

contador de visitantes online

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Wilson denuncia secretário de Maggi


Em entrevista coletiva, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), denunciou o secretário estadual de Infra-estrutura, Vilceu Marchetti, de "contaminar" as informações sobre a situação das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na cidade. Ontem, representantes da prefeitura, Governo, Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal e Ministério da Cidades se reuniram com a Controladoria Geral da União para analisar recomendações feitas num relatório.
Ao final do encontro em Brasília (DF), ficou definido que as obras continuarão sendo mantidas sob a tutela do município com as recomendações sendo acatadas. Já Vilceu Marchetti declarou que a cidade pode inclusive perder os R$ 280 milhões dos recursos.
Wilson Santos confirmou que o secretário participou da reunião, mas não fez nenhuma fala para defender as obras executadas em Cuiabá. "É claro e notório que existe uma estratégia de setores da política para tentar me carimbar como incompetente e desonesto, mas não permitir que isto aconteça. O secretário que tenta contaminar as informações ficou quieto a reunião toda e depois vem com mentiras", detonou.
Segundo o prefeito tucano, a postura do secretário tem ligações claras com o processo eleitoral do próximo ano. "Apesar de nunca ter me colocado como candidato ao Governo, já estou na alça de mira dos meus adversários. A cada pesquisa que se publica, o desespero deles aumenta ainda mais. Não sou candidato a nada e só penso em administrar Cuiabá", detalhou.
Apesar de criticar a postura de Vilceu Marchetti, o prefeito tucano evitou confrontos com o governador Blairo Maggi (PR). "Não quero acreditar que este cidadão esteja agindo com o respaldo do governador. Aliás, comuniquei ao governador no sábado passado a postura do secretário dele e nada foi feito. Aliás, só piorou", revelou.
Wilson Santos comemorou o fato da CGU ter mantido a execução das obras do PAC sob gestão da prefeitura. Ele ainda garantiu que nos próximos dias cumprirá todas recomendações feitas pelos técnicos da controladoria.
Murilo ´´reassume´´ prefeitura
de VG e deixa Tião da Zaeli indignado

O prefeito licenciado de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), praticamente "reassumiu" o cargo na manhã desta quinta-feira. Murilo comandou uma reunião com dirigentes da saúde pública municipal e estadual para definir ações de combate a dengue na cidade.
O prefeito em exercício, Sebastião dos Reis Gonçalves, o "Tião da Zaeli" (PR), prestigiou a reunião como mero coadjuvante. Mesmo estando no exercício do cargo, o empresário "Tião da Zaeli" demonstrou publicamente seu constrangimento. A expectativa é que Murilo Domingos retorne oficialmente a prefeitura de Várzea Grande até no próximo dia 10. Neste caso, o vice reassume a secretaria de Educação e Cultura e também de Esportes e Lazer.
Cheques emitidos pelo PRTB são distribuídos até em casas de prostituição


Mais de 100 cheques (sem fundos) foram emitidos por ex-dirigentes do PRTB e chegaram a ser distribuídos até em casas de prostituição e de massagens, espalhadas em Mato Grosso. A Executiva Estadual, assim como a municipal de Cuiabá, teriam utilizados os serviços e não quitaram a conta, causando um acúmulo de dívidas no caixa da agremiação. Conforme o presidente da legenda no Estado, Samuel Lemes, a situação ao assumir o PRTB, em 2001, era considerada caótica e findada ao fracasso, já que o montante de débito era praticamente voltado ao “lazer” e “prazer”, com 126 cheques rodando na praça. À época, Manoel Olegário liderava a Executiva Estaduali.Lemes contou que resgatou todos os cheques e efetuou o pagamento. Além disso, encaminhou um relatório com as cópias dos cheques para o diretório nacional. Olegário contestou a informação e disse que os cheques foram utilizados durante a campanha. Olegário assumiu por menos de um ano a Executiva Estadual e depois se desfiliou. Em seguida, foi para o PT do B e deixou o cargo de presidente do diretório municipal do PT do B em Cuiabá, no final de 2008.O partido conta com 3,5 mil filiados em Mato Grosso, sendo 1.800 somente em Cuiabá. Atualmente o diretório municipal, comandado pelo coronel Édson Leite cobra espaço na Prefeitura, já que alega ter garantido mais de 30 mil votos a Wilson Santos e tem mais estrutura que outras siglas governistas, além de dois vereadores apoiando o Executivo municipal.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Funcionários querem CPI e ameaçam deflagar greve

Professores, técnicos e alunos da Unemat vão pedir "a cabeça" do reitor Taisir Mahmudo Karim nesta quarta (1º), durante reunião com a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto, presidida pelo deputado petista Alexandre César. Eles querem ainda a abertura de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar supostas irregularidades na administração de Karim. Devem estar presentes na reunião os deputados Sérgio Ricardo (PR), Antônio Brito (PMDB) e Domingos Fraga (DEM), além de membros da comissão permanente e o presidente da Assembléia José Riva (PP).“Vamos lotar o auditório, denunciar o reitor e cobrar providências dos deputados”, disse Maria Ivonete de Souza, presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat).
A polêmica em torno da administração de Taisir iniciou no final de março, quando o reitor decretou férias coletivas de 4 meses para "cobrir" um rombo existente na instituição. Após o anúncio, alunos e membros da Adunemat ingressaram com o movimento denominado "fora Taisir". O curioso é que o governo estadual teria negado a existência de atrasos no repasse das verbas destinadas à Unemat. Segundo os professores da instituição, a paralisação desrespeita a Lei Estadual 319/2008. Eles reclamam ainda do fato do reitor não ter discutido os problemas existentes com o Conselho de Ensino e Pesquisa. Os docentes, alunos e demais funcionários já planejam realização de greve geral. Eles pretendem ocupar o campus e a reitoria da Universidade. Os professores reclamam ainda do fato das decisões do II Congresso Universitário não terem sido colocadas em prática. Dentre as deliberações, ficou definido o fim da reeleição para reitor, democratização dos conselhos universitário, extinção da fundação privada da instituição, fim do voto universal para o cargo de reitor, e autonomia financeira, administrativa e científica dos campi em relação à sede.
Rosa chama Vilceu de moleque;
Santos convoca entrevista

A relação política entre o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) e o governador Blairo Maggi (PR) volta a azedar. Depois de um bate-boca no aeroporto de Brasília entre o procurador-geral do Município, José Antonio Rosa, e o secretário estadual de Infraestrutura Vilceu Marchetti, o prefeito resolveu partir para o confronto. Ele convocou uma entrevista coletiva para às 15h, no subsolo do Palácio Alencastro.
Santos vai disparar críticas ao governo Maggi. Dirá que a administração estadual, por meio de assessores e principalmente do secretário Vilceu, "está jogando contra Cuiabá". Ele se refere às obras na área de saneamento tocadas com recursos do PAC. Segundo o prefeito, a realidade sobre o que ocorreu nesta quarta, em Brasília, na reunião com técnicos da CGU, da CEF e do Ministério das Cidades, fora distorcida por Vilceu Marchetti, que garantiu que existem 14 irregularidades e que os recursos para execução das obras continuam bloqueados até que a prefeitura resolva o impasse.
Em meio a versões diferentes, José Rosa se encontrou com Vilceu no aeroporto de Brasília nesta quarta à noite, poucas horas depois da reunião tensa na CGU. Ambos trocaram farpas. José Rosa chegou a chamar o secretário de Infraestrutura de "moleque". Os dois quase foram as vias de fato. Nesta quinta, em entrevista à rádio Cultura, Wilson Santos não mencionou o nome de Vilceu, mas se referiu a um representante do governo do Estado "que está fazendo de tudo para prejudicar Cuiabá com informações distorcidas sobre o andamento das obras do PAC". Ele vai dizer que Vilceu Marchetti saiu frustrado da reunião porque esperava que a CGU fosse tirar da Prefeitura da Capital a atribuição de continuar com as obras e transferí-las para o governo do Estado, o que não aconteceu.
De todo modo, o prefeito admite que há falhas. Agora, o ajuste nas irregularidades apontadas pela CGU vão ser feitos pela prefeitura, sob fiscalização do próprio Ministério das Cidades. Será feito também espécie de um TAC com as empreiteiras para repactuação de preços.
Santos "foge" do plenário e se
tranca com parlamentares

Após anunciar que iria a plenário discutir o andamento das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB) recuou e requisitou uma reunião à portas fechadas com os vereadores. O pedido causou tumulto no plenário. O vereador Lúdio Cabral (PT) ficou irritado com a mudança. "O prefeito tem que prestar esclarecimentos em plenário para que a população seja informada. Isso não deve ser discutido em reunião fechada", reclamou. O presidente do Legislativo, vereador Deucimar Silva (PP) retrucou. "Ele (Santos) não tem o relatório final da CGU e quer debater o assunto primeiro em reunião só com os vereadores. Mais tarde falará com a imprensa e prestará todos os esclarecimentos". A discussão causou desconforto entre os parlamentares e após "bate boca", Deucimar suspendeu a sessão. Logo em seguida, todos "se trancaram" na presidência. A imprensa, por sua vez, foi autorizada apenas a fazer imagens da reunião.
Nesta quarta (1º), o prefeito de Cuiabá, representantes do governo estadual, da Câmara de Cuiabá e membros da Controladoria Geral da União participaram da reunião para discutir o andamento das obras na Capital. "Segundo a CGU, existem 200 processos parecidos com o de Cuiabá, mas aqui a situação é uma das mais complicadas", afirmou o vereador Domingos Sávio (PMBD), que esteve em Brasília representado a Comissão Especial do PAC.
O PAC foi o único tema debatido na sessão desta quinta (2). Os vereadores Domingos Sávio e Francisco Vuolo (PR) utilizaram a tribuna para fazer um balanço da reunião da Controladoria Regional da União. O republicano foi o mais exaltado. Segundo ele, ainda persistem 11 irregularidades, entre elas a de sobrepreço de produtos e divergências das obras em relação a verba destinada. "São irregularidades graves e difíceis de sanar. Mas é possível, tudo depende da vontade do prefeito", pontuou. Segundo o parlamentar, foram detectados descompassos na ordem de R$ 15 milhões. Já os sobrepreços chegariam a R$ 14 milhões. (R$ 5,8 mi, R$ 5,5 mi e R$ 3,9 mi). " A defesa do prefeito foi inconsistente. Ele (Wilson) não conseguiu reverter as denúncias e, por isso, os recursos continuam paralizados", avaliou Vuolo.
Dias deixa Secom do governo; Novacki acumula pasta
O secretário de Estado de Comunicação Social, jornalista José Carlos Dias, o Zé Veneno, pediu exoneração nesta quinta (2). O governador Blairo Maggi, mesmo em viagem, aceitou o pedido e determinou que o secretário-chefe da Casa Civil, major Eumar Novacki, passe a acumular também a Secom.
Dias estava no governo Maggi desde metade do primeiro mandato da gestão Maggi. Ele entrou no lugar do publicitário Geraldo Gonçalves. O jornalista estava enfrentando processo de fritura e passou a perder autonomia. Desde o início do ano, por orientação do governador, Novacki ficou responsável pelo contato direto com os meios de comunicação.
Em carta, José Carlos faz agradecimentos ao governador "pela confiança enquanto esteve à frente da pasta". Afirma que Maggi lhe deu "todo apoio pessoal e respaldo político e administrativo para que desempenhasse a missão confiada". Também diz possuir gratidão pela primeira-dama do Estado e secretária Terezinha Maggi, pelo vice-governador Silval Barbosa. Nos agradecimentos, Dias lista outras pessoas e instituições.

segunda-feira, 30 de março de 2009


Petebistas vão ao encontro

de Wilson no Alencastro


Um grupo de lideranças petebistas de Mato Grosso visitou ontem à tarde o prefeito Wilson Santos, acompanhado do vice-prefeito da capital, Chico Galindo, presidente regional do Partido Trabalhista Brasileiro no Estado. Estiveram presentes Gilberto Loureiro, Aranilza Luzia Almeida, vereador Lucas M. Gonçalves de Oliveira (Campinápolis) e Eliezer Manoel dos Reis. Os petebistas representam os municípios de Castanheira, Rondonópolis e Rosário Oeste. O encontro teve lugar no gabinete do prefeito, e possibilitou uma rápida discussão de alguns pontos de interesse mútuo que os parlamentares querem ver implantados em seus respectivos municípios, a exemplo de programas de investimentos nas áreas de educação, infra-estrutura e de apoio ao pequeno produtor rural.“É uma honra receber expressivas lideranças do PTB de Mato Grosso, porque tal contato possibilita maior abertura do leque de discussões profícuas em prol de Cuiabá e Mato Grosso. Visitas que se constituem em intercâmbio de idéias, troca de experiências bem-sucedidas”, observou Wilson.O prefeito acrescenta que a Capital desenvolve há anos uma série de programas sociais e técnicos, ‘todos com resultados compensadores, animadores’. “A Educação, por exemplo, sofreu avanços notáveis em nossa gestão, e continuará em escala prioritária. Na área de Esportes, o Peladão pode ser apontado como um modelo nacional de incentivo na área esportiva, pela aglutinação de talentos e instituições em torno desse evento. Implantamos também o CuiaBanco, que financia o pequeno produtor. A piscicultura é um dos segmentos desse cenário. Na Infra-estrutura, a Municipalidade tem projetos consolidados e outros em formatação. Enfim, estamos à disposição para colaborar com vocês”.Para o vice-prefeito da Capital, Chico Galindo, essa visita de cortesia dos seus partidários vem prestigiar o bom trabalho que o prefeito Wilson Santos executa no município cuiabano, já na segunda gestão. “Esses colegas de partido estavam numa reunião do PTB na Capital, mas fizeram questão de abrir uma folga na agenda e vir à Prefeitura para cumprimentar nosso prefeito”.O vereador Lucas Gonçalves disse que aquela era sua primeira visita a Wilson Santos, e se sentia grato ‘pela oportunidade e gentileza com que todos foram recebidos no Palácio Alencastro pelo gestor municipal’. “Já conheço, de longa data, o excelente trabalho administrativo de Wilson, e sei que ele nos orientará para que possamos implantar programas similares aos da Prefeitura de Cuiabá também em Campinápolis”.

Manifestantes reúnem-se na

Praça Alencastro em protesto contra a crise

A Praça Alencastro está sendo palco, na manhã desta segunda-feira, de uma forte manifestação contra os efeitos da crise econômica mundial. Sindicatos diversos, movimentos sociais e estudantis e centrais de trabalhadores estão unidos e protestam, principalmente, por causa de demissões e reduções salariais e em prol da redução de juros. A manifestação também abriu espaço para outras discussões das classes, como o aumento da tarifa de ônibus em Cuiabá.O mesmo tipo de manifestação acontece hoje em cerca de 15 estados brasileiros, já que este foi eleito o Dia Internacional Contra a Crise. Mais de vinte organizações diferentes estiveram presentes, como a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sintep-MT), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Movimento dos Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e outros.Carlos Alberto de Almeida, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso, Sindsep-MT, diz que o objetivo principal da manifestação é a defesa e a ampliação do emprego. E que há empresas utilizando-se da crise criada pelos americanos para fazer demissões.Apesar de agremiações e ideologias divergentes, todos os participantes conseguiram unir-se e criar um denominador comum, o de querer afastar dos trabalhadores os efeitos da crise econômica mundial. O presidente eleito do Sindicato dos Servidores da Previdência Social de MT (Sindsprev), Jorge Frederico, diz que “o governo está querendo jogar a crise para os trabalhadores, enquanto que com os banqueiros não acontece nada”. As uniões estudantis presentes partilharam a opinião de que contra essa e outras crises, a solução é o investimento em educação. Rarikan Heven, diretor regional da UBES diz que os estudantes não vão aceitar cortes na educação. “Só através de mais investimentos na educação poderemos ser capazes de controlar a crise”. Pablo Rodrigo Silva, diretor regional da UNE afirma que esses investimentos na educação e em outros setores também são, sim, possíveis, mesmo em meio à crise. “Essa crise é do sistema capitalista e os trabalhadores não podem ser os primeiros a pagar por isso”, diz Pablo. Algumas organizações presentes ainda nem sentiram os efeitos da crise, mas já se envolvem nas discussões, como é o caso de Joaquim Dias Santana, presidente do Sindicato da Construção Civil em Mato Grosso. “Os trabalhadores do nosso setor ainda não estão sendo afetados. A construção civil no estado está muito bem, ao invés de demitir, está contratando”. Manoel de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, diz que o segmento também não tem sido muito afetado aqui no Estado. “Todavia discute-se outros segmentos que estão sendo afetados, como o da alimentação com o fechamento de frigoríficos. Devemos reunir esses segmentos aqui, mais o segmento patronal e o governo para procurar soluções para a crise”, conta.Nara Teixeira, presidente do CTB e do Sintrae-MT acrescenta que o primeiro grande objetivo da manifestação era reunir o maior número de pessoas e mostrar representatividade, e acredita que o objetivo inicial foi cumprido. “Para mim é uma grande vitória”.Outros dois pontos importantes aos trabalhadores que foram discutidos na manifestação foram o transporte público e a luta dos jornalistas pela manutenção do diploma para exercer a profissão.No dia 01 de abril o Superior Tribunal de Justiça irá julgar a pauta, decidindo se a profissão de jornalista vai continuar exigindo diploma ou não.Júlio César Martins Viana, presidente da CUT-MT, ressalta que as medidas governamentais que estão sendo tomadas contra a crise são para restabelecer os grandes setores e que medidas também devem ser tomadas para proteger os trabalhadores.


Riva destaca potencialidades de

Mato Grosso à Delegação da União Europeia


Riva destaca potencialidades de Mato Grosso à Delegação da União Europeia
Redação ANoticiaMT
Tamanho da letra
A-
A+
27/3/2009 - 12:09

A visita da Delegação da União Europeia no Brasil na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (26) foi mais uma oportunidade de mostrar as potencialidades e ações de Mato Grosso pelo desenvolvimento sustentável. Na oportunidade, o presidente da Casa, deputado José Riva (PP) afirmou que o estado tem um código ambiental moderno e um dos mais rigorosos do Brasil. “Temos todos os instrumentos necessários para praticar uma boa gestão ambiental”, garantiu, ao destacar a importância da delegação em conhecer Mato Grosso.
“Tivemos uma imagem muito positiva”, destacou o embaixador Ivan Jancarek da República Checa. Ele explicou que o objetivo principal da delegação é conhecer Mato Grosso do ponto de vista das possibilidades do desenvolvimento sustentável e proteção do meio ambiente. A delegação é composta pelos embaixadores da Polônia, República Checa, Países Baixos, Eslováquia, Finlândia, Suécia, Portugal, Itália, Hungria, Dinamarca, França e Bélgica.
Eles também buscam as possibilidades para alargar os laços entre o estado de Mato Grosso com os países da União Europeia, no sentido econômico, cultural, dentre outros aspectos. Jancarek informou que o relatório da visita de trabalho será entregue aos governos que compõem o bloco. Ele citou o encontro de Kopenhagen, na Dinamarca, em dezembro, que vai tratar sobre o potencial do meio ambiente mundial no sistema pós Kyoto.
“O Brasil terá uma posição importante nesse encontro na Dinamarca. E foi muito interessante ouvir os argumentos e explicações do presidente Riva sobre os desafios que Mato Grosso tem, principalmente, sobre o problema do desmatamento e também da ligação da produção agropecuária com a proteção do meio ambiente”, frisou o embaixador.
Questionado sobre a imagem que tinha de Mato Grosso antes de conhecê-lo, Jancarek definiu-o como Pantanal e grande produtor de soja. “Essa é a imagem que um diplomata estrangeiro vai ter depois de oito meses de chegar aqui”.
Para Riva, com o processo de globalização a preocupação com o meio ambiente não tem que ser local, mas sim do mundo inteiro. Tanto que denominou importante a vinda da comunidade europeia para que percebam as ações do Brasil em relação ao meio ambiente. O presidente lembrou que esses países já passaram por essa fase, quando tiveram um período de ocupação desordenada e puderam ver o quanto custa para recuperar o que foi destruído. “Talvez seja em função do custo que sentiram na pele, que querem evitar que outros países em desenvolvimento, como o Brasil, possam destruir tudo”, deduziu Riva, ao concordar que o melhor caminho é a política preventiva.
O parlamentar ainda disse que o potencial de Mato Grosso atrai investidores. E que os embaixadores poderão ser o porta-voz de Mato Grosso na divulgação desse potencial. Ele ainda foi enfático ao explicar sobre as ações que a Casa tem em conjunto com o Governo do Estado para o desenvolvimento sustentável. Riva falou sobre o programa de preservação das nascentes, considerado por ele como o maior programa de preservação do mundo; reformulação do código ambiental com a participação maciça da população; lançamento da segunda edição do livro Desigualdades Regionais; reservas indígenas; segurança pública e o controle da fronteira Brasil/ Bolívia.
Na AL, os embaixadores foram presenteados com o livro Sabores de Mato Grosso, de autoria de Jupirany Devillart e Tanâne Carreira. A obra é uma coletânea de receitas típicas de Mato Grosso. Também receberam um folder sobre o Projeto de Lei que cria o Sistema de Unidades de Proteção Chico Mendes. Antes de conhecer o legislativo, eles estiveram na Famato, no Palácio Paiaguás e Fiemt. Depois seguiram para Sapezal e nesta sexta-feira (27) conhecerão Alta Floresta. Eles deixam Mato Grosso neste sábado.

VEM DE LONGE, DOS rincões agrícolas do País, uma proposta inovadora - rotulada de Movimento Investe Brasil - para a gestão da dívida pública dos Estados em relação à União, que supera hoje R$ 430 bilhões. O governo de Mato Grosso lançou uma ideia que tem seduzido governadores e secretários de finanças de vários Estados: propor ao governo federal a suspensão do pagamento dos juros da dívida em troca de investimentos em obras locais de infraestrutura. O débito retira dos cofres estaduais cerca de R$ 80 bilhões por ano. "Isso estrangula totalmente nosso orçamento", argumentou o governador Blairo Maggi, que endossou a ideia lançada por seu secretário de Fazenda, Eder Moraes. A dívida de Mato Grosso com a União é de R$ 5,7 bilhões, sobre a qual incidiram juros de R$ 719 milhões no ano passado. "Essa situação está insuportável", disse o secretário.
Por enquanto, 13 dos 27 Estados da Federação se uniram nessa iniciativa. Em contrapartida, os governadores prometem direcionar o recurso economizado integralmente para a construção de estradas, portos, aeroportos, redes de água e esgoto. Na prática, a ideia é descentralizar o PAC e acelerar projetos regionais, que muitas vezes ficam empacados à espera de liberação de verbas. A proposta, no entanto, é embrionária e evidentemente enfrentará muita resistência em Brasília. Mas a ofensiva começará forte. No próximo dia 16, uma passeata pelas ruas do centro de Cuiabá pretende chamar a atenção da sociedade para a reivindicação. Semanas depois, os governadores tentarão sentar à mesa com o presidente Lula para discutir o tema.
A lista de argumentos é extensa. Os R$ 710 milhões desembolsados por Mato Grosso no ano passado com o pagamento dos juros da dívida poderiam, por exemplo, bancar a construção de 80 mil casas populares e restaurar completamente o sistema viário do Estado. No caso de São Paulo, o apelo é ainda maior. A dívida de R$ 153 bilhões com a União - que representa quase a metade do total - rende anualmente aos cofres federais algo próximo a R$ 30 bilhões. Como base de comparação, o Rodoanel, principal bandeira do governo paulista e a maior obra do PAC, custará menos da metade disso.
O ponto de maior indignação dos Estados não é propriamente o pagamento dos juros, mas o fator de correção do débito. O custo da dívida renegociada é de 6% ao ano e mais correção pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI), a inflação calculada pela Fundação Getúlio Vargas. Em períodos de descompasso da inflação, como o registrado no ano passado, o bolo da dívida pode crescer acima de 20%, suprimindo a capacidade de pagamento dos Estados. Em 2008, o reajuste foi de 18%. Confrontada com a Selic, a discrepância fica ainda mais evidente. Se a taxa básica de juros da economia ficar realmente abaixo de dois dígitos, como espera o mercado, os governos estaduais e municipais se tornarão financiadores da União, já que o custo das dívidas renegociadas será maior do que o Tesouro Nacional paga para captar dinheiro no mercado.
Exatamente por se tratar de um grande volume de dinheiro e soar como uma ameaça de calote, os governadores sabem que as negociações serão tensas. "Se não houver acordo, vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal", afirmou o secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes. "Afinal, a cobrança de juros sobre juros é inconstitucional."
O governador de São Paulo, José Serra, é nome certo nesse movimento. "Não faz nenhum sentido agora Estados e municípios pagarem juros maiores do que aqueles que passaram a prevalecer no mercado", afirmou o governador paulista. Se os Estados e a União chegarem a um consenso, os municípios também serão beneficiados. Apenas a cidade de São Paulo desembolsa nada menos que R$ 200 milhões mensalmente para honrar a dívida, o necessário para construir mais de três quilômetros de metrô por mês.