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segunda-feira, 30 de março de 2009


Manifestantes reúnem-se na

Praça Alencastro em protesto contra a crise

A Praça Alencastro está sendo palco, na manhã desta segunda-feira, de uma forte manifestação contra os efeitos da crise econômica mundial. Sindicatos diversos, movimentos sociais e estudantis e centrais de trabalhadores estão unidos e protestam, principalmente, por causa de demissões e reduções salariais e em prol da redução de juros. A manifestação também abriu espaço para outras discussões das classes, como o aumento da tarifa de ônibus em Cuiabá.O mesmo tipo de manifestação acontece hoje em cerca de 15 estados brasileiros, já que este foi eleito o Dia Internacional Contra a Crise. Mais de vinte organizações diferentes estiveram presentes, como a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sintep-MT), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Movimento dos Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e outros.Carlos Alberto de Almeida, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso, Sindsep-MT, diz que o objetivo principal da manifestação é a defesa e a ampliação do emprego. E que há empresas utilizando-se da crise criada pelos americanos para fazer demissões.Apesar de agremiações e ideologias divergentes, todos os participantes conseguiram unir-se e criar um denominador comum, o de querer afastar dos trabalhadores os efeitos da crise econômica mundial. O presidente eleito do Sindicato dos Servidores da Previdência Social de MT (Sindsprev), Jorge Frederico, diz que “o governo está querendo jogar a crise para os trabalhadores, enquanto que com os banqueiros não acontece nada”. As uniões estudantis presentes partilharam a opinião de que contra essa e outras crises, a solução é o investimento em educação. Rarikan Heven, diretor regional da UBES diz que os estudantes não vão aceitar cortes na educação. “Só através de mais investimentos na educação poderemos ser capazes de controlar a crise”. Pablo Rodrigo Silva, diretor regional da UNE afirma que esses investimentos na educação e em outros setores também são, sim, possíveis, mesmo em meio à crise. “Essa crise é do sistema capitalista e os trabalhadores não podem ser os primeiros a pagar por isso”, diz Pablo. Algumas organizações presentes ainda nem sentiram os efeitos da crise, mas já se envolvem nas discussões, como é o caso de Joaquim Dias Santana, presidente do Sindicato da Construção Civil em Mato Grosso. “Os trabalhadores do nosso setor ainda não estão sendo afetados. A construção civil no estado está muito bem, ao invés de demitir, está contratando”. Manoel de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, diz que o segmento também não tem sido muito afetado aqui no Estado. “Todavia discute-se outros segmentos que estão sendo afetados, como o da alimentação com o fechamento de frigoríficos. Devemos reunir esses segmentos aqui, mais o segmento patronal e o governo para procurar soluções para a crise”, conta.Nara Teixeira, presidente do CTB e do Sintrae-MT acrescenta que o primeiro grande objetivo da manifestação era reunir o maior número de pessoas e mostrar representatividade, e acredita que o objetivo inicial foi cumprido. “Para mim é uma grande vitória”.Outros dois pontos importantes aos trabalhadores que foram discutidos na manifestação foram o transporte público e a luta dos jornalistas pela manutenção do diploma para exercer a profissão.No dia 01 de abril o Superior Tribunal de Justiça irá julgar a pauta, decidindo se a profissão de jornalista vai continuar exigindo diploma ou não.Júlio César Martins Viana, presidente da CUT-MT, ressalta que as medidas governamentais que estão sendo tomadas contra a crise são para restabelecer os grandes setores e que medidas também devem ser tomadas para proteger os trabalhadores.

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