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quarta-feira, 1 de outubro de 2014


GESTÃO DE CARLOS RAYEL DEVE SER ALVO DE DEVASSA: Esquema de corrupção envolvendo empresas gráficas e agências de publicidade é investigado pelo Ministério Público Estadual. Quatro inquéritos já foram abertos. A mesma gráfica que esteve no esquema ligado a João Emanuel – a Propel, do jornalista Maksuês Leite – possui contrato com a Assembleia Legislativa. Também são investigadas a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e a Secopa

Por Enock Cavalcanti em Justiça dos homens - 29/09/2014 9:31
 Carlos Rayel, que atua na campanha eleitoral como marqueteiro de Lúdio Cabral (PT), de acordo com a reportagem do insuspeito Diário de Cuiabá, estaria com sua gestão à frente da Secom-MT na mira do Ministério Público por possível "superfaturamento nos pagamentos para gráficas e agências de publicidade"

Carlos Rayel, que atua na campanha eleitoral como marqueteiro de Lúdio Cabral (PT), de acordo com a reportagem do insuspeito Diário de Cuiabá, estaria com sua gestão à frente da Secom-MT na mira do Ministério Público por possível “superfaturamento nos pagamentos para gráficas e agências de publicidade”
INQUÉRITOS
MPE fecha o cerco em esquema gráfico
Segundo o Ministério Público Estadual, inquéritos apontam um esquema envolvendo secretarias de Estado e legislativos Estadual e Municipal
As investigações iniciaram no ano passado, e até o momento quatro inquéritos foram abertos
ALLINE MARQUES
DO DIÁRIO DE CUIABÁ
Os processos licitatórios relacionados à produção de materiais gráficos nos poderes Executivo e Legislativo estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual.
Quatro inquéritos já foram abertos e estão em andamento para apuração de denúncias de que empresas de fachada estejam recebendo dinheiro público.
A Câmara Municipal de Cuiabá também já é alvo de investigação desde o período da cassação do vereador João Emanuel (PSD), quando ele foi flagrado em um vídeo “ensinando” a fraudar uma licitação. A Gráfica Propel venceu licitação no Legislativo cuiabano e um relatório elaborado pelo Grupo de Apoio Operacional do MPE comprovou que há impossibilidade de a empresa ter confeccionado os produtos encomendados. A gráfica recebeu mais de R$ 1,5 milhão por serviços que nunca foram prestados.
A quebra de sigilo da empresa foi solicitada na época pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e as investigações ainda continuam. O parlamentar, que na época era presidente da Câmara, foi cassado pelos vereadores.
Só que além da Câmara de Cuiabá, a Assembleia Legislativa, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e outras pastas do governo são alvo de investigações no MPE.
A mesma gráfica que esteve no esquema ligado a João Emanuel possui contrato com a Assembleia Legislativa. A contratação da Propel pela Câmara, na época, se deu por meio da modalidade de pregão por carona, baseado numa licitação realizada pelo parlamento estadual.
De acordo com o Diário Oficial, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) também efetuou contrato com a Propel, mas após a deflagração da operação Aprendiz, que resultou na prisão de João Emanuel, o secretário Maurício Guimarães designou uma servidora para exercer a função de fiscal dos contratos efetuados com as gráficas contratadas pela Pasta, dentre elas a Propel.
Já a Secom está na mira do MPE devido a denúncias que surgiram relacionadas ao período em que a Pasta foi comandando pelo marqueteiro Carlos Rayel, em que ele teria deixado uma dívida milionária. Também é investigado o superfaturamento nos pagamentos para gráficas e agências de publicidade.
As denúncias relacionadas à Secom partiram do ex-deputado Maksuês Leite (DEM), que tem ligação com a Propel, que pertence ao seu grupo de empresas.
A Assembleia Legislativa pretendia ouvir o ex-parlamentar e o ex-secretário de Comunicação Carlos Rayel, através de um requerimento feito pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), mas o fato não ocorreu.
O Ministério Público ainda não tem prazo para conclusão dos inquéritos e cada um segue uma linha de investigação. Nem todas estão relacionadas com a Propel e são comandadas por mais de um promotor. O assunto ainda é sigiloso para não atrapalhar o andamento das investigações.