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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020


APONTADO COMO "REI DO OURO" E NA MIRA DA "CPI DA SONEGAÇÃO FISCAL" GOVERNADOR  MENDES  CALA WILSON SANTOS COM CARGOS E MUITA GRANA!

Wilson Santos já está no colo político de Mauro Mendes. Bom para eles; pior para Mato Grosso. Essa jogada, que se oficializou no dia 10, foi antecipada por Boamidia em 7 deste fevereiro, sob o título Wilson pula no colo de Mauro Mendes. Politicamente nenhuma anomalia, ainda mais em Mato Grosso, onde adesão é o entre aspas verbo mais conjugado por políticos – sempre em direção ao poder. Porém, na prática, segundo uma fonte palaciana confiável, trata-se de algo preocupante para Mato Grosso. Sempre em palanques opostos, o deputado estadual tucano Wilson Santos jogou a toalha e entrou de corpo e alma na base de sustentação do governador democrata Mauro Mendes. O que estaria por trás dessa decisão anunciada  pelas partes?

 Oficialmente o deputado diz que buscou o afago do governador em troca de atendimentos de pleitos republicanos e, dentre eles, a criação e instalação de um campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Cuiabá. Segundo a fonte, não foi bem isso, não. Wilson Santos preside na Assembleia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal e Renúncia Fiscal, que estaria correndo atrás de sonegadores nas áreas de combustíveis e commodities agrícolas. Num passo seguinte, o deputado iria investigar mineradoras de ouro, setor esse, onde Mauro Mendes é considerado barão – uma espécie de Rei do Ouro.

 A atividade mineral é preferencialmente afeta ao governo federal, mas uma investigação profunda da CPI sobre essa atividade poderia inspirar a Receita Federal, Polícia Federal e a Agência Nacional de Mineração a lançarem seus olhares para os garimpos de ouro mato-grossenses, que por ispiração palaciana a Imprensa Amiga teima em apresentar como se estivessem exauridos. Daí, que – segundo a mesma fonte – seria mais seguro, prudente, producente e tranquilizador para o governador ter o presidente da dita CPI em sua base de sustentação. Em suma, no tocante ao setor mineral, a CPI da Sonegação Fiscal e da Renúncia Fisical não merece outro rótulo senão natimorta.

No plano político, em plenário, com Wilson Santos, Mauro Mendes amplia sua base de sustentação. Mais: com a dobradinha Mauro Mendes/Wilson Santos a disputa pela prefeitura de Cuiabá pelo grupo palaciano ganha novo componente para enfrentar o prefeito Emanuel Pinheiro, dito Paletó (MDB), que é apontado enquanto candidato à reeleição numa chapa que deverá se completar com o vice Misael Galvão (PTB), que é o presidente da Câmara dos Vereadores.
RICO, BILIONÁRIO, MAS CALOTEIRO "DE UMA FIGA"
 Enquanto declara guerra aos sonegadores do Estado, as empresas do governador Mauro Mendes e de sua esposa, Virgínia Mendes, devem nada menos do que R$ 55.983.902,27 em débitos tributários e previdenciários à União. As informações estão disponíveis no Sistema Dívida Aberta, da Procuradoria-geral da Fazenda Nacional. Entre as empresas do grupo de Mendes, as que devem maiores valores são a Mavi Engenharia, com mais de R$ 12 milhões em débitos, seguida da Bimetal Indústria, com mais de R$ 13 milhões e depois a Maney Participações, com mais de R$ 11 milhões em dívidas de impostos federais. Por outro lado, a empresa do governador que menos deve impostos é a Mineração Casa de Pedra, com dívida cadastrada de R$ 36,5 mil. Essa empresa é alvo do Ministério Público Federal em ação de improbidade administrativa, por fraude de até R$ 700 milhões em leilão realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em 2009. Além das empresas, o CPF de Mauro Mendes (pessoa física) também está com restrições de dívidas junto ao governo que somam mais de R$ 245 mil. Há alguns anos, o Grupo Bipar, de propriedade do governador, entrou em recuperação judicial alegando dívidas com fornecedores e funcionários de mais de R$ 100 milhões.