O SURTO DE PEDRO TAQUES E O USO DE UM JATINHO ALUGADO POR R$ 15 MILHÕES
FONTE: PARTIDO DOS TRABALHADORES MT
O governador Pedro Taques (PSDB) deu um verdadeiro ‘piti’ na noite da quarta-feira, e em meio a críticas e sandices, disse que irá acionar o desembargador Orlando de Almeida Perri no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por desvio de conduta e perseguição. Taques está pagando na mesma moeda, já que é reconhecido como o maior perseguidor do estado.
O xilique de Taques teve o ápice com o afastamento do seu secretário de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, por Orlando Perri, que também meteu tornozeleira eletrônica no meliante que comandava a Secretaria de Segruança de Mato Grosso.
Jarbas foi acusado de obstruir a investigação sobre os grampos orquestrados pelos primos Taques. Rogers também teria “investigado por conta própria” o ex-secretário de Segurança e promotor Mauro Zaque, a pedido de Taques. Zaque foi quem fez as denúncias dos grampos.
Perri também disse que Jarbas atendeu o escritório de Paulo Taques e o próprio governador do estado, Pedro Taques, com o fornecimento de fotocópia de autos sigilosos”, afirmou.
A decisão de Perri fez Taques deixar a campanha que fazia na Caravana, em Juína, e retornou no jatinho alugado pelo governo ao custo de R$ 15 milhões, para ‘bater’ no magistrado, utilizando a imprensa também paga pelo Paiaguás ao custo de R$ 70 milhões anuais.
Segundo o governador Perri, é imparcial e um “juiz acusador”. “A decisão judicial do senhor Orlando Perri merecerá os recursos judiciais apropriados, inclusive no Conselho Nacional de Justiça porque ele está se arvorando a delegado de polícia, a membro do Ministério Público violando a sua imparcialidade que é um direito constitucional do cidadão ter magistrados imparciais”, esbravejou Pedro Taques.
Taques ainda considerou a decisão como “esdrúxula e absurda” e continuou detonando o magistrado. “Pior do que criminoso é o magistrado que se vale do seu poder e ofende o principio da imparcialidade”, rasgou.
O tucano ainda saiu em defesa dos investigados pelo esquema de grampos ilegais no Estado que fazia as escutas para beneficiá-lo políticamente, entre eles os coroneis Zaqueu Barbosa, que se encontra preso, Ronelson Barros e Evandro Lesco e o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, que também passou uma semana na cadeia.
Taques ainda chamou as investigações sobre os grampos ilegais como “pseudo investigação”, ignorando o fato de que todos seus adversários políticos e a amante do primo foram grampeados.