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domingo, 14 de fevereiro de 2010
NOTAS DOMINICAIS
(Ely Santantonio)
Domingão "brabo" de carnaval e eu aqui, tomando uma "gelada" e pensando... Pronto, resolvi: Vou criar o prêmio CACETÃO Cuiabano!... O Roberto França criou o RESUMO DO DIA, um troféu anual que todo mundo faz questão de dizer que ganhou... O meu amigo João Pedro Marques (anda sumido!) criou o TOP OF MIND. Todos sentem orgulho em recebe-lo.... O Villa, do Supersitegood, lançou o CHATO DO ANO. Por incrível que pareça, tem até briga para ser merecedor do título. Ano passado, com muita garra, Adriana Vandoni levou o prêmio e até comemorou em seu blog... Tô até pensando em convidar Blairo Maggi (já sem cargo e sem muita pompa) para entregar os troféus, que serão bem GRANDES, para que todos tenham orgulho em ostentá-los em lugar visível!
Um leitor assíduo me ligou avisando que viu o jornalista Júlio Valmórbida embarcando no Aeroporto Marechal Rondon carregando muitas malas... Será o carnaval ou medo das investigações desencadeadas por Wilson Santos?
Procurei na internet, busquei de todas as formas e não vi nada sobre alguns amigos do passado. Ou estão sumidos, de verdade, ou fazendo coisas fora da nossa área: Quem tiver notícias do Jê Fernandes, Shirley Ocampos, Adilson Lopes, João Marinho, Zacarias (VG), José Pulula e tanto outros que brilharam, liguem para (65) 9911 3008.
Soube há poucos dias que o Robson faleceu. Figura e tanto. Usava uns ternos diferentes.Tocava com sacrifício o jornal Menino de Rua. Divulgou inúmeros políticos... Não vi uma nota sequer nos jornais, muito menos alguma condolência por parte de algum dos muitos que ele estampou em seu jornal. É a vida!... Amigos só se tem (e olhe lá) quando tem muito dinheiro ou se está no poder.
Tenho na minha família uns trezentos advogados, primos, primas, e quando fui preso (duas vezes em Várzea Grande) não apareceu ninguém para defender ou perguntar se precisava de alguma coisa... Quem esteve comigo, o tempo todo, foi o então deputado estadual Wilson Santos... Roberto França também (deputado federal na época) foi amigo e colocou um advogado a disposição. Não precisei... Meu pai (Eurindo Dias, hoje falecido, arcou com todas as despesas)... Porque hoje meto o pau no Wilson?... Perguntem a ele!
Quando fui assessor de imprensa do prefeito Carlos Gomes, em Várzea Grande (a Secom foi criada depois), isto em 1989, o que apareceu de parentes perguntando se precisava de algo, ou pedindo emprego, foi de arrepiar. E olhe que era um carguinho sem muita relevância. Imagine se algum dia ganhar na mega sena ou me tornar INTERVENTOR de Mato Grosso... Vai ser dureza aguentar tantos parentes amorosos e amigos de última hora! (uma ressalva: meu primo Francisval Ferreira Mendes (advogado), hoje no Governo Maggi, foi um dos poucos a dar a cara no presídio, em 1994 e 1995). Espero que esta revelação não lhe traga prejuizos.
E olha só quem era primeira dama do Estado na época: Thelma de Oliveira, filha do tio Rubens de Souza Figueiredo, irmão da minha mãe Maria de Souza Dias... Sei que ao longo da vida tenho feito muitas coisas que contribuem para o desprezo familiar... Mas com parentes desse tipo, é preferível a companhia de patos, gansos, cachorros e galinhas que tenho num dos meus sítios.
Ainda nessa reflexão familiar, descobri há poucos dias que o meu avô Major Caetano Dias, de Diamantino, onde foi prefeito por quatro vezes, teve seu nome dado a uma rodovia que corta uma das glebas suas, de onde extraía borracha nas décadas de 4O e 5O. Homenagem do governador Blairo Maggi e produtores da região a um homem que foi pioneiro na exportação de latex em Mato Grosso. A gleba, de 120 mil hectares acabou invadida por grileiros após sua morte e descaso dos herdeiros. O mesmo aconteceu com outras, bem mais próximas de Diamantino... Um homem,realizador, destemido, que deixou enorme fortuna, em vão. Disseram-me também que, hoje, no local onde ficava a sede nasceu uma pequena cidade. Por culpa ou admiração deram-lhe também o nome de Caetano Dias. Logo será município!
O mais incrível nisso tudo é que descobri, pouco tempo atrás, que minha família (grande e desunida, até hoje brigando pela herança) tem vergonha da minha profissão, ou da forma como a exerço. Daí a razão do pseudônimo "Santantônio", homenagem à fazenda onde fui criado, herdado por minha mãe do meu outro avô, Antonio Pinto Figueiredo, pai do pai da Thelma Pimentel Figueiredo, hoje Oliveira e deputada federal. Foi também um pioneiro de grande estirpe, dono de várias fazendas de diamante na região de Alto Paraguai. Algumas, até hoje, aos cuidados dos herdeiros, entre eles minha mãe (que sente vergonha do filho jornalista!)... É a vida!