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terça-feira, 11 de agosto de 2015

ROUBALHEIRAS CONTINUAM?
Taques mantém esquema bilionário de Silval e contrato suspeito com empreiteiras investigadas

Ciranda das empreiteiras: Cartel faz jogo combinado para ganhar licitação em programa de estradas


 Eleito com a promessa de ‘destampar a panela da corrupção’, o governador Pedro Taques entra no oitavo mês homologando o maior e mais suspeito contrato da história de Mato Grosso, envolvendo pelo menos R$ 2 bilhões de reais, quase duas Arena Pantanal, destinado a pavimentação de estradas no interior do estado. A licitação bilionário foi realizada governo Silval, e passou pelo crivo da auditoria de Taques, após o decreto 02/2015, onde o atual governo suspendeu todas as obras para apurar eventuais irregularidades. Além de não encontrar nada, o atual governo resoveu incrementar os valores, com recursos próprios e endividamento do estado junto ao BNDES. Os contratos são referentes ao programa MT Integrado, iniciado no ano de 2013 e que teve continuidade neste governo com assinatura de 52 ordem de serviços para pavimentação, construção e reconstrução de 500 km de estradas e pontes e recebeu o nome de Pró-estradas. Em busca no Diário Oficial do Estado é possível constatar que as empresas vencedoras se revezaram ganhando contratos que vão de R$ 8,9 milhões a R$ 86,7 milhões de reais. Juntas, elas produziram uma cartelização de pelo menos meio bilhão, que é o valor já auditado pelo novo governo. 17 empresas já receberam R$ 380 milhões de reais este ano, isso sem entregar sequer um km de asfalto. Algumas chegaram a ganhar mais do que o que foi contratado neste programa, sugerindo que tenha outros contratos com o governo, como a empreiteira Campesatto, que tinha contratado R$ 31, milhões mas recebeu somente este ano mais de R$ 40 milhões. As principais empresas deste pacotão do Taques já estiveram envolvidas em escândalo de corrupção em governos anteriores ou estão sob investigação, como a Agrimat, que vem a ser uma das patrocinadoras da carreira política do governador Taques desde que ele concorreu ao senado, em 2010. A Agrimat está levando no Pró-estradas R$ 69,4 milhões. A Guaxe/Encomind, alvo de investigação na Polícia Federal foi contemplada por Taques/Silval com R$ 77,6 milhões, e a Trimec, cuja sociedade se levanta vários questionamentos, aparece na ciranda bilionária com R$ 63,8 milhões. Ciranda bilionária A auditoria do governo Taques chama atenção pelo que não revela, ao se descobrir uma combinação para lá de suspeita, ou pelo menos com uma absurda coincidência. Isso porque os valores dos contratos feitos por Silval/Taques são muito próximos dos valores propostos. Um dos trechos orçados em R$ 90,1 milhões, por exemplo, teve como vencedor a Rio Tocantins por R$ 86,7 milhões. O curioso neste e em todos os outros contratos é que o valor proposto e contratado é praticamente identico. Neste, a segunda colocada foi a Delta, do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que apresentou R$ 86,8 milhões, exatamente 0,13% de diferença. A terceira colocada foi a falida Três Irmãos, do suplente de deputado tucano Carlos Avalone, que apresentou uma proposta de R$ 87,6 milhões, 0,03% de diferença para a segunda colocada. Todos os outros trechos apresentaram variação identica. Entre a Destesa e Cavalca foi 0,14% de diferença. Já a Cavalca e JM foi 0,8%. Um dos contratos teve a variação entre o primeiro e segundo colocado em insignificante 0,05%. (José Muvuca)