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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fiasco na gestão
Blairo tenta explicar as promessas que não cumpriu
(PNBONLINE)

O governador Blairo Maggi admitiu nesta terça-feira (10) que a conclusão do Hospital Central, prometida em sua campanha eleitoral, não será realizada. O governador anunciou em 2004 a retomada das obras, com previsão de conclusão em 2006, porém a obra continua como estava: parada.

“Parou pelo mesmo motivo que todos os demais (governos) pararam. Não teríamos como concluir o hospital”.

O Hospital Central foi iniciado em meados de 1985 e nunca foi concluído. Devido a isso, o Ministério Público Federal ingressou com uma ação em 2003 contra o estado, exigindo que o Governo Estadual conclua as obras do Hospital Central.

Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), há inúmeras irregularidades na construção deste hospital. Os gestores desviaram dinheiro público destinado à construção. Nas alegações finais, o MPF exige que o estado devolva R$ 14 milhões à União por danos morais e materiais. Este processo (2003.3600.00.8088-8) tramita na 5ª Vara Federal, sob responsabilidade do juiz José Pires da Cunha.

O governador do estado alegou que o local, nesse momento, não consegue mais atender a saúde hoje, porque o projeto estaria ultrapassado. “Pensamos em transformar em um ambulatório para a região, mas agora queremos utilizar o Hospital Central para abrigar uma área administrativa da Saúde”.

Embora a ação impetrada pelo Ministério Público Federal peça a devolução por parte do estado de R$ 14 milhões a União, o governador alegou que está tentando reaver junto ao Governo Federal os recursos aplicados pelo estado.

“Estamos pedindo ao governo federal a devolução desses recursos para aplicar em outra área da Saúde. Queremos investir no novo hospital Universitário”, ressaltou.

Hospital de Papel

Outra promessa não cumprida pelo governo Blairo Maggi foi a construção do Hospital da Criança, que ficou mais conhecido como “Hospital de Papel” por nunca ter sido concretizado.

A unidade hospitalar foi criada por meio da Lei 8.340, de 30 de junho de 2005. No documento eram previstos cargos, atribuições do hospital, número de funcionários e como seria escolhido o nome do hospital.

Embora tenha sancionado esta Lei, o governador afirmou que “foi feita uma proposta, mas não havia recursos para que o Hospital da Criança fosse feito”.

CPI da Saúde

Depois de toda a polêmica em torno da instalação da CPI da Saúde, das acusações de que o Executivo estaria interferindo no Legislativo para a escolha do presidente da CPI, para assim poder controlar as investigações, o governador disse que a Comissão “tem toda a liberdade de fazer os questionamentos que quiser”.

Blairo Maggi afirmou que este será um “momento bom para a política pública da saúde, pois com esta investigação serão verificados os avanços e dificuldades da área”.

Como todos os envolvidos na CPI da Saúde, Maggi disse que espera que a investigação não seja “usada politicamente”.

Embora não tenha investido num hospital estadual para Cuiabá, tenha fechado hospitais no decorrer de sua gestão, não tenha cumprido a promessa feita de concluir o Hospital Central, nem tenha tirado do papel o Hospital da Criança, o governador do estado disse que “na saúde pode garantir com toda tranqüilidade que o papel do estado está sendo cumprido a risca”.

Da Redação com informações de Glaucia Colognesi

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