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sexta-feira, 6 de março de 2009


Walter Rabello se diz inocente e

admite abrir sigilo bancário e fiscal

O ex-deputado estadual Walter Rabello (PP) só vai se manifestar publicamente sobre a denúncia de que seria integrante de uma organização criminosa do ramo atacadista de hortifrutigranjeiros do Estado de Mato Grosso quando for citado judicialmente. Enquanto isso, ele prefere se manter distante de qualquer discussão sobre a questão.Nesta quinta-feira (5), Rabello conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva (PP), e manifestou sua preocupação com o rumo dos acontecimentos, uma vez que seu nome foi colocado como um dos principais componentes na quadrilha comandada pelo empresário Júlio Uemura, preso na tarde de quarta-feira (4), durante a Operação Gafanhoto, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).Presidente do Diretório do PP em Cuiabá, Rabello procurou Riva, principal líder da sigla no Estado, para dizer que é “injusta” a acusação de que faria tráfico de influência para o crime organizado. “Ele [Rabello] está preocupado porque acha que confundiram sua atuação parlamentar com a de um criminoso. Além disso, ele é de opinião que não pode ser crucificado por quem quer que seja, enquanto não for provada a sua suposta culpa”, disse o presidente da AL.Walter Rabello, conforme MidiaNews apurou, colocou à disposição do Ministério Público Estadual a abertura do seu sigilo bancário e telefônico.Como integrante da Executiva do PP, o ex-deputado vem tendo o apoio da cúpula regional da sigla.Na denúncia feita pelo Gaeco, Walter Rabello seria o intermediário entre a organização criminosa e servidores de secretarias de Estado, no processo de liberação de carretas apreendidas por fiscais da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Nesse caso, ele faria tráfico de influência. Em entrevista, o promotor Joelson de Campos Maciel revelou que o ex-parlamentar, em conversa com integrantes da organização, se apresentava como pessoa com livre trânsito no alto escalão do Governo do Estado. Esse fato, por sinal, levou o Gaeco a direcionar as investigações para alguns órgãos do Executivo Estadual.A organizaçãoNa quarta-feira (4), 22 pessoas foram denunciadas por suposto envolvimento no esquema comandado pelo empresário Júlio Uemura. São acusadas de tráfico de influência, estelionato, extorsão, formação de quadrilha, entre outros crimes. Já estão presos o próprio Uemura, denunciado por comandar o esquema; dois policiais civis que fariam a segurança do grupo, entre eles o investigador Francisco Dias de Lourenço, o Chicão, investigado recentemente pelo crime de extorsão; os contadores Ronaldo Luiz Mateus e Lupércio Augusto de Campos, e René Santos Oliveira, que seria o principal articulador da quadrilha.

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