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segunda-feira, 9 de março de 2009

Esquema pode salvar Ralf de cassação;

vereador foi preso em Camboriú

Um grande esquema está sendo articulado nos segmentos mais enraizados da Câmara Municipal de Cuiabá para “resgatar” o vereador Ralf Leite (PRTB), acusado de prática de ameaça e desacato a autoridade policial no episódio em que foi flagrado em ato libidinoso com um travesti, em Várzea Grande. Vereadores mais conservadores já estão sendo “devidamente convencidos” a votarem contra o relatório da Comissão de Ética, que deverá indicar a cassação. Para isso, os defensores de Ralf trabalham duro para assegurar que não haja mudanças de última hora, mantendo o voto secreto. Passado o primeiro impacto do escândalo, Ralf Leite já demonstra se sentir confortável com a situação. Licenciado das atividades de vereador, mas com o salário de R$ 9 mil no bolso, ele não esboça sequer sinais de constrangimento diante dos colegas. Tem ido constantemente no Palácio Pascoal Moreira Cabral e tentando reatar os contatos políticos. Dos seus ásperos críticos do começo já chega a receber afagos, alimentando a certeza de que deve continuar exercendo suas atividades normalmente como se tentar corromper a Polícia não fosse crime algum. Apostando que o caso vai cair no esquecimento e que outros escândalos poderão vir para suplantar o que fez, o grupo de defesa de Ralf trabalha em duas frentes: a primeira delas é convencer alguns colegas de posição estratégica de que, ao contrário de todas as evidências, é inocente, que não estava embriagado quando foi flagrado pelos policiais militares e que também não portava qualquer documento. E tampouco tentou corrompê-los com pagamento de R$ 600,00. O vereador jura de pés juntos que foi extorquido – o que ninguém acredita. Até porque a testemunha-chave, o menor com quem mantinha relações sexuais, diz não ter presenciado qualquer atitude ilegal dos policiais. A outra frente que os articuladores pró-Ralf trabalham é um pouco mais complicada. Para dar efeito ao que já se chamou de “amnésia coletiva”, querem postergar ao máximo o julgamento do político na Comissão de Ética. A idéia é fazer com que a decisão dos vereadores – seja qual for – não tenha mais o impacto que teria se alguma decisão fosse tomada pelas próximas horas. De acordo com o jornal “A Gazeta” desta sexta-feira, pelo menos cinco vereadores já declararam a interlocutores que pretendem aproveitar o expediente do voto secreto para “salvar” o colega. São eles: Ivan Evangelista (PSB), Clovito Hugueney (PTB), Adevair Cabral (PDT), Lueci Ramos (PSDB) e Lutero Ponce de Arruda (PSDB). O presidente da Comissão de Ética, Ewerton Pop (PP) disse ao jornal que defende o voto aberto, como ocorre em todos os julgamentos. Há ainda uma terceira vertente no caso envolvendo o vereador do PRTB: o processo na Justiça Eleitoral, que pode resultar na cassação de seu mandato por compra de votos. O vereador foi denunciado pelo esquema que teria montado para angariar votos de familiares de detentos do Sistema Prisional. Na época, o candidato teria garantido alguns privilégios, tipo crédito para telefone celular dos presos – o que revela mais um crime. Para garantir que o mandato ficará intocável, uma parte do caso já estaria resolvido: o desaparecimento de Willian David Silva, que revelou o esquema ao promotor Marcos Henrique Machado. Em seu relato, Willian contou que ficou com R$ 4 mil para fazer a campanha eleitoral. Quando o Ministério Público já investigava a suspeita de compra de votos, disse ter recebido uma proposta de R$ 20 mil para negar a ligação com Ralf . “A oferta foi de R$ 5 mil antes (do depoimento) e mais R$ 15 mil depois do depoimento” – frisou. Hoje, no entanto, ninguém sabe onde foi parar Willian. Político-problema, Ralf Leite ainda responde por crime de embriaguez ao volante. Ele foi preso em flagrante no dia 6 de janeiro de 2006, no Balneário Camboriú (SC). O processo tramita na 2ª Vara Criminal daquela comarca e levou a Justiça catarinense a enviar uma carta precatória ao juiz Rondon Bassil Dower Filho para que proceda a intimação de Ralf, o que ainda não foi feito pela Justiça de Mato Grosso. Para tentar driblar a justiça, Ralf não compareceu e não informou se constituiu advogado para se defender da acusação enquadrada no artigo 306

fonte plantao news

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