buracos e falta de sinalização na BR- 364
Buracos, falta de sinalização e de acostamento fazem aumentar o risco de acidentes na BR-364, no Sul do Estado. Além do perigo, os caminhoneiros também somam prejuízos e atrasos nas viagens, o que torna o frete mais caro.Um dos trechos mais críticos da BR-364 fica entre Rondonópolis e Alto Araguaia. São cerca de 200 quilômetros onde os buracos tomam conta de parte da pista e obrigam manobras arriscadas dos motoristas.O motorista, Celso Pereira, falou que com tantos buracos fica difícil continuar os trabalhos. "A situação da rodovia está péssima, todo lugar tem buracos enormes, e com este problema o que aumenta são os acidente e peças estragadas. Infelizmente não temos outro trajeto", reclamou o motorista. Este é o único trajeto para quem precisa levar a produção de grãos até os terminais da empresa responsável pelo transporte ferroviário, até o Porto de Santos. no Litoral Paulista.De acordo com a Associação transportadora de carga (ATC), diariamente, cerca de cinco mil caminhões trafegam pela BR 364. Além da grande quantidade de buracos, em alguns trechos o asfalto afundou. O acostamento está em desnível em relação a pista e ainda falta sinalização.O caminhoneiro Giovanni Moreira trabalha há 20 anos nas estradas, o percurso mais frequente é entre os municípios de Campo Novo dos Parecis e Alto Araguaia. A cada ida e volta são 1.600 quilômetros. "Neste trecho temos que ter a atenção redobrada, na frente e na traseira. Ao mesmo tempo temos que desviar das crateras, invadindo a pista contrária", contou o caminhoneiro.A associação dos transportadores de carga de Mato Grosso pediu providências ao diretor do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), sobre as condições da rodovia.O diretor da Associação transportadora de Cargas (ATC), Miguel Mendes, disse que a diretoria do Dnit vai recuper as rodovias federais de Mato Grosso somente no segundo semestre", falou o diretor da ATC.Com tantos problemas na pista os serviços aumentaram em uma borracharia no município de Alto Garças (a 366 quilômetros de Cuiabá). Por semana cerca de 20 pneus são trocados. Segundo o borracheiro, Nivaldo Fregonesi, os mecânicos ficam até muito tarde da noite trabalhando. "Os caminhões e carros vão chegando e nós vamos concertando os pneus", disse o mecânico.
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