Perto de R$ 2 milhões “somem”
no último mês na Câmara de Cuiabá
Que ponto chegou a Câmara Municipal de Cuiabá. Ou melhor: a administração da Câmara. No mês de dezembro, perto de R$ 2 milhões fluíram para algum lugar que ninguém ainda sabe ao certo. Fato que só confirma a necessidade da realização de uma auditoria séria sobre todos os gastos efetuados na gestão do vereador reeleito Lutero Ponce de Arruda (PMDB). Ao tomar pé da situação, a nova Mesa Diretora descobriu que a folha de salários referente ao mês de dezembro do funcionalismo, calculada em R$ 1,6 milhão, sequer foi empenhada – primeira regra contábil para fins de pagamento. No caixa, nenhum centavo. Explicações para o fato, nenhuma também.
Tem mais: em dezembro, o Banco do Brasil teria efetuado o depósito de mais R$ 280 mil referente ao pagamento pela conta-salário dos servidores. O dinheiro não aparece, evidentemente, no caixa da Câmara. Ainda não se sabe qual foi o destino do dinheiro. “Isso aqui virou terra de ninguém” – alegou um alto funcionário, ao destacar as semelhanças de forma de operação que existiam entre a administração da ex-vereadora Chica Nunes (PSDB), atual deputada estadual, e de Lutero.
A situação contábil e financeira da Câmara, que começa a ser exposta, torna mais intrigante e contraditória a posição adotada no final do ano passado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE),que, através de voto condutor do conselheiro Humberto Bosaipo, conseguiu reverter a tendência de reprovação das contas de Lutero, referente a 2007 para aprovação. A auditoria do tribunal havia detectado, nada mais nada menos, que 20 irregularidades insanáveis, e desconfiava – pela existência de indícios – de que as empresas fantasmas continuavam atuando no Legislativo. Bosaipo é padrinho político da vereadora Lueci Ramos, do PSDB, que disputou a presidência da Câmara contra Deucimar, apoiada por Lutero.
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