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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

CACIQUES COM RABO ENTRE AS PERNAS... NOVO DEPOIMENTO DE RIVA PODE SER BOMBÁSTICO, POIS NO PRIMEIRO NEM DANTE DE OLIVEIRA ESCAPOU 

 A juíza da Vara Especializada Contra o Crime Organizado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Selma Rosane Santos Arruda, marcou nova audiência do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, José Riva (sem partido). A oitiva ocorrerá no próximo dia 24 de fevereiro e faz parte de 10 ações penais decorrentes da “Operação Arca de Noé”, deflagrada em 2002. A determinação foi publicada no Diário Oficial de Justiça nesta quarta-feira (25). O interrogatório poderá ter a presença das equipes de defesa dos outros réus da ação, entre eles, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Humberto Melo Bosaipo. A possibilidade estabelecida pela magistrada dá-se em razão do depoimento de José Riva em juízo no dia 30 de novembro do ano passado, em que confessou os crimes e citou outras pessoas que supostamente teriam participado do esquema. O MPE defendeu novo interrogatório para garantir o direito da ampla defesa dos demais acusados. “Uma vez que José Riva, ao confessar práticas delitivas naqueles autos, atribuiu responsabilidade criminal aos demais acusados, é imperioso o deferimento do pedido Ministerial no que tange ao seu reinterrogatório perante as defesas dos réus neste feito, para que façam os questionamentos que entenderem necessários, a fim de permitir pleno exercício do contraditório e da ampla defesa”, justificou a magistrada.

 Durante o interrogatório do dia 30 de novembro de 2016, Riva afirmou que “após fazer uma reflexão entendeu que não deve apenas confessar, mas também colaborar”. Na ocasião, Riva disse que desde o seu primeiro mandato no Legislativo ocupou cargo de destaque ao assumir a 1ª secretaria da Mesa Diretora e que grande parte das dívidas da Casa eram com as chamadas “factorings”. Durante depoimento, Riva afirmou que 65% das dívidas da Assembleia eram com empresas do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro e o restante com “outros agiotas”. Entre os fatos investigados na “Arca de Noé”, está a emissão de cheques nominais do parlamento ao pagamento de serviços que não foram realizados de empresas que nem existem. Os títulos eram trocados em factorings de Arcanjo, preso desde 2003 por comandar o crime organizado no Estado. Na oitiva do dia 30 de novembro, Riva confessou alguns nomes que faziam parte do esquema, como Nilson Teixeira, José Quirino, Humberto Bosaipo e outros. O ex-presidente da AL-MT afirmou, ainda, que o ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira (falecido em 2006) sabia das dívidas que a Asembleia possuía com João Arcanjo, chegando a repassar para o legislativo R$ 22 milhões para quitar os empréstimos à época. Riva afirmou ainda que outros deputados estaduais receberam os cheques para atender as demandas dos parlamentares e servidores da AL-MT.