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sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Crime envolto em segredos bem preocupantes
Secretário é convocado para dar explicações sobre morte de jornalista

A Assembleia Legislativa encaminhou ofício convocando o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado (foto), para prestar esclarecimentos sobre as investigações do assassinato do jornalista Auro Ida. O crime ocorreu no dia 21 de julho, em Cuiabá. O requerimento solicitado pelo deputado Percival Muniz (PP) está na Consultoria Legislativa aguardando a resposta do secretário.

A data da arguição, ainda, não foi marcada. De acordo com o requerimento, o secretário deve estar acompanhado pelo delegado Antônio Carlos Garcia, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Auro Ida foi assassinado no bairro Jardim Fortaleza, na região do Coxipó, em Cuiabá. De acordo com a polícia, o jornalista foi executado com seis tiros de uma pistola 380.


Conforme texto da justificativa do requerimento, após 36 dias da morte do jornalista, o crime é envolto de mistério. "O crime abre brechas para suposições que precisam ser esclarecidas com a maior urgência", diz trecho do documento.

Entre os questionamentos expostos no requerimento estão: Por que Auro foi morto? Por que uma emboscada? Seria passional, como trabalha a Polícia Civil em um primeiro momento? E se a causa foi amor mal resolvido, por que Auro recebeu um tiro na boca? Todos sabem que tiro na boca tem assinatura. Um recado de que o objetivo não é matar apenas. Queriam silenciar o jornalista, por quê?


Auro Ida, no debate com Pedro Taques, agora está pagando pra ver Auro Ida, no debate com Pedro Taques, agora está pagando pra ver
Auro Ida em foto para documento


Tudo muito misterioso


Caso Auro Ida não tem solução e Sindjor e OAB cobram providência

A falta de informação sobre o assassinato do jornalista Auro Ida (foto) fez com que o Sindicato dos Jornalistas (Sindjor/MT) e a Ordem dos Advogados do Brasil –seccional de Mato Grosso (OAB-MT) cobrasse esclarecimentos das autoridades competentes sobre o crime, que há mais de um mês está sem solução. As investigações passaram a correr em segredo de justiça após o delegado Antônio Garcia afirmar que já sabia quem era o suspeito e estava preste a concluir as investigações. No entanto, até então nada aconteceu.

O site 24 horasnews, semana passada, apontou não apenas o nome do mandante como também dos participantes da execução, com detalhes minuciosos sobre os últimos passos do jornalista antes de ser executado. E ninguém foi preso. Nada foi elucidado. Por último, o deputado Percival Muniz (PPS) convocou Antonio Garcia para ir até a Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos. Porém, com o sigilo do inquérito atrapalhou os planos dos parlamentares, já que o delegado não poderia falar nada sobre o caso.
Restou convocar o secretário de Segurança Pública de MT, Diógenes Curado.

Diante de todo este impasse, Sindjor e a OAB cobram uma solução para o crime. Por meio de nota, as entidades alegam que crimes como este aumentam a sensação de impunidade em Mato Grosso.
“A expectativa aumenta ainda mais porque, após provocação do Sindicato e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), a Polícia Federal se dispôs a contribuir com as investigações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Não podemos nos acomodar diante de fatos como esse. Por isso, o Sindjor e a OAB não vão se calar e vêm a público reafirmar que continuam esperando a punição dos culpados”, traz trecho da nota.